O governador Flávio Dino, do PCdoB, abriu procedimento interno para apurar o responsável pelo vazamento de um emprego fantasma ocupado por seu próprio pai, o advogado Sálvio Dino, durante os anos de 2009 a 2014, no último mandato da governadora Roseana Sarney, do PMDB, filha do ex-senador José Sarney, com quem sempre manteve laços históricos.
A sinecura foi revelada pelo Atual7 no início do mês, com base em documentos obtidos com exclusividade de uma auditoria realizada pela Secretaria de Estado da Transparência e Controle, comandada pelo advogado Rodrigo Lago, que apontou quem eram os comissionados no governo Roseana Sarney que garfaram altas somas de dinheiro público sem precisar trabalhar e sequer bater ponto.
Sinecurado nos cofres do Estado pouco depois da cassação do ex-governador Jackson Lago, Sálvio Dino ocupou inicialmente o alto cargo de secretário adjunto da Secretaria de Estado Extraordinária de Desenvolvimento do Sul do Maranhão, de onde pulou em 2013, após longas férias, para o cargo de assessor especial da Casa Civil, e logo depois, depois de novas férias, para o cargo de auditor-geral adjunto do Estado e, feito cigano apadrinhado, para o cargo de assessor Especial de Apoio Institucional, quando novamente entrou de férias.
No desenrolar das eleições de 2014, o pai do governador do Maranhão chegou a mentir publicamente, em carta enviada ao jornal O Estado Maranhão, de propriedade do clã Sarney, alegando que não participava mais do governo Roseana.
- Acerca de reiterados ataques envolvendo meu nome, visando manifestamente prejudicar a imagem do meu filho Flávio Dino, venho esclarecer que desde JULHO DE 2010 pedi exoneração do cargo de Secretário Adjunto que exercia no Governo do Estado, conforme faz prova o documento junto - mentiu.
Abaixo, os documentos que Flávio Dino não queria que fossem tornados de conhecimento público:

